segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Emigração Brasileira



Mais de 100 mil brasileiro emigram todos os anos à procura de melhores condições de trabalho no mundo. O número global de emigrantes brasileiros ascende já a mais 2 milhões, calculando-se que perto de 33% estejam clandestinamente nos seus países de acolhimento (Dados de 2005). A emigração brasileira é um fenómeno relativamente recente e ocorre apenas a partir dos anos 70 do século XX. A partir dos anos 80, o brasileiro está a tornar-se num novo nómada do mundo, seguindo as pegadas dos portugueses.  
Paraguai. As primeiras vagas de imigrantes estão ligadas à expulsão dos campos de milhares de camponeses que se são literalmente empurrados para os países fronteiriços, como o Paraguai, onde o seu número não pára de aumentar. A emigração aumentou com a fundação de Cidade do Leste, mas sobretudo depois da abertura da Ponte entre a Foz do Iguaçu e esta cidade. A produção de soja foi outros factor de atracção de novos imigrantes. Ao longo da fonteira com o Brasil tem-se desenvolvido várias cidades constituídas maioritariamente por brasileiros (brasiguaios). Esta emigração de brasileiros chegou a ser incentivada na década de 70 pelo governo de Alfredo Strossner (presidente do Paraguai ente 1959-1989). A maioria destes imigrantes dedica-se à agricultura e está registada no Consulado do Brasil em Ciudad del Este (Cidade do Leste), junto à fronteira com o Brasil.  
Na última década o Paraguai tem vindo a adoptar uma série de medidas descriminatórias contra os brasileiros, nomeadamente no seu acesso à terra e aos estudos. Em 2002 foi aprovada uma lei que proibe numa faixa de 50Km da fronteira que qualquer estrangeiro possa adquirir terras.
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Paraguai: cerca de 500 mil emigrantes brasileiros (dados de 2006), o número de ilegais é também muito elevado.
Na década de 80 e 90, devido à crise económica em que o Brasil atravessa, a emigração dirige-se para três destinos privilegiados: EUA, Japão e Europa. Na Europa, vivem 350 mil brasileiros, a maioria dos em Portugal (dados de 2006).
EUA. O número de brasileiros não pára de aumentar, malgrado as brutais medidas que tem sido tomadas para impedir a sua entrada. É curioso constatar que muito estão a estabelecer-se em regiões e localidades com forte implantação de imigrantes portugueses. Cerca de 300 mil está na região de Nova York, 200 mil na região de Boston e mais 150 mil na Flórida. A Califórnia regista também um número expressivo  de  brasileiros: 25 mil estão registados no Consulado do Brasil em São Francisco e 17 mil no de Los Angeles (dados de 2004). A maioria destes imigrantes é oriunda de Minas Gerais, especialmente da região de Governador Valadares. Uma larga percentagem entrou nos EUA ilegalmente, sem visto, pela fronteira com o México. 
EUA800 mil emigrantes brasileiros, mais de metade são clandestinos (Dados de Julho de 2003).

Japão. A colónia de japoneses no Brasil, iniciada nos anos 20 do século XX, está hoje a servir meio para a circulação de novos migrantes mas em sentido contrário. Japão: 225 mil emigrantes (Dados de Julho de 2003) 
Portugal.  Durante séculos milhões de portugueses foram para o Brasil, agora muitos milhares brasileiros vêm para Portugal para trabalharem em todas as actividades. A comunidade brasileira é hoje muito diversificada em função do estatuto social de cada imigrante. A maioria exerce trabalhos indiferenciados e mal pagos, mas um grupo muito significativo desempenham alguns dos cargos mais bem pagos de Portugal. As mesmas clivagens sociais existentes no Brasil estão reproduzidas em Portugal.    
Portugal funciona para muitos imigrantes brasileiros como um porto de escala para outros destinos europeus, ou como porto de abrigo quando as coisas correm mal noutros lugares. Um quarto dos que vem para a Europa fixam-se em Portugal (dados de 2006). Para esta situação contribui uma língua e uma cultura comuns, para além de uma enorme comunidade brasileira residente em Portugal. Em 2004 passaram a constituir a maior comunidade de imigrantes do país, não tendo o seu número parado de aumentar. Portugal: Mais de 100 mil (85,567mil legais) em 2006 .
Itália. A Imigração brasileira para este país é muito recente, embora seja cada vez mais intensa. Em 2006, estimava-se que depois de Portugal, a Itália era já o país europeu com maior número de imigrantes brasileiros. Itália:  67,187 mil (Público, 6/10/2006).
Alemanha. Á semelhança do que acontece com Japão e Portugal, a antiga colónia alemã no Brasil está agora a funcionar como ponte para a emigração de milhares de brasileiros para este país. Alemanha: 60,5 mil emigrantes (Dados de Julho de 2003)
Espanha. Desde 2002 o número de imigrantes brasileiros não tem parado de aumentar. Neste ano contavam-se  24.036 imigrantes. No ano seguinte cerca de 30 mil, dos quais   apenas 18.146 tinham documentação legal. Em 2005 após o processo extraordinário de regularização, no qual foram legalizados 10.431 brasileiros, o seu número subiu para 50 mil, cerca de 40 mil ficaram legalizados. Espanha: c. 50 mil (Junho de 2005) 
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Grã-Bretanha. Desde o 11 de Setembro de 2001 que milhares de emigrantes brasileiros se dirigem para este destino, utilizando os meios legais e ilegais mais variados. Um dos recursos ilegais mais utilizados são passaportes portugueses falsos ou falsificados, assim como casamentos fictícios com portuguesas. A língua comum facilita o uso deste tipo de expedientes. Estes documentos falsos ou falsificados são produzidos e vendidos não apenas em Portugal, mas também na própria Grã-Bretanha, assim como em muitos outros países como a Espanha, França, India ou a Tailândia. Todas as semanas chegam ao consulado geral de Portugal em Londres cerca de 50 documentos falsos (Público, 11/6/2005). Depois dos brasileiros, são os angolanos os que mais recorrem a este tipo de documentos para entrarem na Grã-Bretanha. O número real de imigrantes brasileiros na Grã-Bretanha é algo que ninguém sabe, dado que muitos deles possuem "documentos" portugueses.     
Holanda. A situação parece ser aqui em tudo idêntica à que existe na Grã-Bretanha.  
Canadá. O número de emigrantes brasileiros não pára de aumentar. A sua localização parece coincidir com a da fixação das comunidades portuguesas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Emigração de brasileiros .

Emigração brasileira
Entre as décadas de 80 e 90, milhões de brasileiros deixaram o Brasil, promovidos por sucessivas crises econômicas que assombrava todos os habitantes e posteriormente pelo crescente número de desemprego causado pelo processo de globalização e de novas tecnologias que tiraram muitos postos de trabalho, então foram em busca de novas oportunidades e melhores condições de vida, direcionados a diversos países espalhados pelo mundo.

Os países que atraem os brasileiros são muitos, no entanto, os países desenvolvidos quase sempre são os principais destinos, porém basicamente três países absorvem aproximadamente 80% de todos emigrantes brasileiros no mundo, desse modo destacam-se respectivamente: Estados Unidos com aproximadamente 800.000 mil brasileiros, Paraguai com cerca de 455.000 mil e Japão com 254.000.

No Paraguai, existem os Brasiguaios, são brasileiros que exercem atividades agrícolas no país, principalmente na produção de soja, geralmente esses produtores detém um bom nível de vida. Nos últimos tempos, muitos brasileiros foram em busca de novas terras na Bolívia para o desenvolvimento da cultura da soja, atualmente vivem em território Boliviano pelo menos 1.000 famílias brasileiras.

Os Estados Unidos, principalmente nos anos 90, recebeu uma infinidade de brasileiros, esses desenvolvem atividades que requer pouca qualificação e que os próprios americanos se negam a executar, tarefas como: lavar pratos, limpezas de residências, construção de casas entre muitas outras, nesse caso são tarefas realizadas por brasileiros e imigrantes de outras origens.

O sonho americano continua, pois o fluxo migratório para esse país é extremamente intenso. As pessoas que decidem viver nos Estados Unidos antes precisam chegar ao país, o que não é fácil, uma vez que os vistos são bastante restritos, devido a isso muitos brasileiros pagam elevados valores em dólares para atravessar a fronteira entre o México e o país em questão, a travessia é clandestina, por isso oferece muitos riscos, como ser pego pelo serviço de migração norte-americana, ser preso e depois deportado, além de sofrer nas mãos de “coyotes” (pessoas que facilitam a entrada de imigrantes) e enfrentar os perigos do deserto. Nessa tentativa, muitos brasileiros contraem dívidas no Brasil, vendem suas casas, acreditando que ao começar a trabalhar poderão saná-las, embora nem sempre seja isso o que acontece, pois quando são pegos pelo serviço de imigração são deportados, desse modo ficam impossibilitados de pagar tais dívidas.

Em território Norte-Americano as cidades que mais atraem os brasileiros são Nova York, Boston e Miami.

Antes desse fluxo de brasileiros para os Estados Unidos, o lugar que mais recebia pessoas vindas do Brasil era o Japão, principalmente nos anos 80, o fato ocorreu a partir do momento que o Governo Japonês liberou a entrada de descendentes diretos no país, no entanto, não se tratou de uma atitude despretensiosa, pois na verdade o que realmente o governo pretendia era adquirir mão-de-obra com baixa qualificação e automaticamente com baixo custo, para desenvolver atividades na indústria, em sua maioria. Apesar das elevadas horas de trabalho, o remunerado possibilitava a ocorrência de dekasseguis (acumulação de recursos) e posteriormente esses brasileiros voltavam ao país com dinheiro, adquirindo seus próprios negócios e ajudando a família.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A MÁQUINA A VAPOR

Poucas invenções tiveram maior influência na história dos tempos modernos que a da máquina a vapor. Ao contrário do que geralmente se pensa, não foi a causa inicial da Revolução Industrial, mas sim, em parte, efeito desta.
O motor de James Watt, pelo menos, nunca se teria tornado realidade se não fosse a procura de uma fonte eficiente de energia para mover as pesadas máquinas já inventadas na indústria téxtil. Por outro lado, é indiscutível que o aperfeiçoamento da máquina a vapor promoveu um desenvolvimento mais rápido da industrialização. Deu uma nova importância à produção do carvão e do ferro; possibilitou uma revolução nos transportes; abriu oportunidades quase ilimitadas à aceleração das manufaturas, tornando as nações industrializadas as mais ricas e poderosas do mundo.
Antes do desenvolvimento da máquina a vapor, as reservas de energia estavam à mercê das variações atmosféricas. Durante as secas, a baixa dos rios podia forçar os moinhos a restringir suas atividades ou mesmo a suspendê-las por completo. Os navios, nas travessias do oceano, atrasavam-se semanas inteiras por falta de vento. Com a máquina a vapor haveria um fornecimento constante de energia, que poderia ser aproveitada quando necessário. Não é, portanto, exagero afirmar que a invenção de Watt assinalou o começo da era da força motriz.
As máquinas a vapor foram utilizadas na retirada de água que inundava as minas subterrâneas de ferro e carvão, na movimentação das maquinas de tecelagem,no funcionamento de navios e locomotivas. Atualmente, são utilizadas em reatores nucleares e no acionamento ou cogeração de energia, em usinas petroquímicas, navios, plataformas de petróleo.

Século XVIII e início do XIX : Thomas Newcomen, James Watt, e Robert Stirling (motores à vapor); Antoine Lavoisier (Química Moderna); Pascal (Mecânica dos Fluidos); Isaac Newton (Mecânica Clássica).

Máquina a vapor
Máquina a vapor
  

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Steve McCurry

Steve McCurry é um fotógrafo estadunidense da National Geographic, responsável pelo registro da famosa imagem da Menina Afegã, cujo rosto foi capa da revista e reconhecido por todo o mundo.
McCurry estudou cinematografia na Universidade do Estado da Pensilvânia - Estados Unidos - em 1968. No entanto acabou se formando em artes cênicas, graduando-se em 1974. Se interessou pela fotografia quando começou a produzir imagens para um jornal de sua universidade, chamado The Daily Collegian.
Steve começou a sua carreira de fotojornalista cobrindo a invasão soviética ao Afeganistão. McCurry utilizou vestimentas típicas para se disfarçar e esconder seu equipamento. Suas imagens estavam entre as primeiras do conflito e por isso foram largamente publicadas. Sua cobertura acabou ganhando a Medalha de Ouro Robert Capa de melhor reportagem fotográfica no exterior.
McCurry continuou a fotografar conflitos internacionais no Afeganistão e em outros países como Camboja, Filipinas, Líbano, além da guerra Irã-Iraque e a guerra do Golfo. Steve publicou suas fotos em revistas do mundo todo e contribui frequentemente para a revista National Geographic.

Henri Cartier-Bresson

Henri Cartier-Bresson (22 de agosto de 1908, Chanteloup-en-Brie, França — 2 de agosto de 2004, Cereste, França) foi um dos mais importantes fotógrafos do século XX, considerado por muitos como o pai do fotojornalismo.
Cartier-Bresson era filho de pais de uma classe média (família de industriais têxteis), relativamente abastada. Quando criança, ganhou uma câmera fotográfica Box Brownie, com a qual produziu inúmeros instantâneos. Sua obsessão pelas imagens levou-o a testar uma câmera de filme 35mm. Além disto, Bresson também pintava e foi para Paris estudar artes em um estúdio.
Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou à África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a retornar à França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que ele descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.
Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, Bresson foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou por duas vezes escapar e somente na terceira obteve sucesso. Juntou-se à Resistência Francesa em sua guerrilha pela liberdade.
Quando a paz se restabeleceu, Cartier-Bresson, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum junto com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour "Chim". Começou também o período de desenvolvimento sofisticado de seu trabalho.
Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar pelo mundo e registrar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos da América, da Índia à China, Bresson dava o seu ponto de vista especialíssimo.
Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.
Na década de 1950, vários livros com seus trabalhos foram lançados, sendo o mais importante deles "Images à la Sauvette", publicado em inglês sob o título "The Decisive Moment" (1952). Em 1960, uma megaexposição com quatrocentos trabalhos rodou os Estados Unidos em uma homenagem ao nome forte da fotografia.

David Seymour

David Seymour, também conhecido pelo pseudônimo de Chim, (20 de novembro de 1911 – 10 de novembro de 1956) foi um fotojornalista polonês radicado nos Estados Unidos.
Nasceu Dawid Szymin em Warsaw. Passou a interessar-se pela fotografia quando estudava em Paris. Começou a trabalhar como jornalista free-lancer em 1933.
Sua cobertura da Guerra Civil Espanhola, Checoslováquia e outros eventos europeus estabeleceu a sua reputação. Ele ficou particularmente conhecido pelo trato intenso que dava às pessoas retratadas em suas fotos, especialmente as crianças. Em 1939, documentou a viagem dos refugiados legalistas espanhóis para o México e estava em Nova York, quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu. Em 1940 ele se alistou no Exército dos Estados Unidos, servindo na Europa como um intérprete e fotógrafo durante a guerra. Tornou-se um cidadão naturalizado dos Estados Unidos em 1942, mesmo ano em que seus pais foram mortos pelos nazistas. Após a guerra, ele retornou à Europa para documentar a situação das crianças refugiadas para a recém-formada UNICEF.
Em 1947, Chim co-fundou a Agência Magnum de fotografia, juntamente com Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, seus amigos que ele havia conhecido em Paris nos anos 1930. A fama de Chim por causa de suas fotos atraentes mostrando órfãos de guerra foi complementada por seu trabalho posterior no qual ele fotografou celebridades de Hollywood como Sophia Loren, Kirk Douglas, Ingrid Bergman e Joan Collins.
Após a morte de Robert Capa, em 1954, Chim se tornou presidente da Magnum Photos. Ocupou o cargo até 10 de novembro de 1956, quando ele foi metralhado (junto com o fotógrafo francês Jean Roy) por soldados egípcios, enquanto cobria o armistício da Guerra do Suez em 1956.

Serra Pelada foi o maior garimpo a céu aberto nos anos 80


Região do sul do Pará recebeu mais de 100 mil mineradores, que extraíram mais de 42 toneladas de ouro em uma década

A mineração em Serra Pelada, no sul do Pará, começou no início da década de 80. Com promessas de enriquecimento fácil por meio da extração de ouro, a área foi invadida por milhares de pessoas e rapidamente o local se tornou o maior garimpo a céu aberto do mundo.
O garimpo teve seu auge em 1983. Só naquele ano foram retiradas 14 toneladas de ouro do local, segundo registros oficiais. Na época, 100 mil homens escavavam a cratera aberta à mão no sudeste do Pará para "bamburrar" – ou enriquecer, na gíria dos garimpeiros.





O "formigueiro humano": na década de 1980, auge de Serra Pelada, mais de 100 mil homens trabalharam para retirar 42 toneladas da mina.
Existem muitas lendas em torno da descoberta do ouro em Serra Pelada. A mais aceita diz que um homem chamado Genésio Ferreira da Silva, antigo dono das terras da região, teria encontrado ouro ao cavar um buraco para fazer uma cerca no final da década de 70. A notícia se espalhou com a velocidade de um raio e em pouco tempo milhares de homens chegariam a Serra Pelada em busca de ouro.
Para tentar organizar o caos, o governo federal enviou para a região um coronel que havia combatido a guerrilha do Araguaia. Sebastião Rodrigues de Moura, conhecido como coronel Curió, encontrou mais de 40 mil homens garimpando quando chegou ao local. "Para controlar a situação, proibi a entrada de mulheres, bebidas alcoólicas e o uso ostensivo de armas", diz Curió .

O apelido do coronel Curió foi usado para dar nome à cidade de Curionópolis, que surgiu na região da Serra Pelada no início da mineração. Como crianças, mulheres e bebidas eram proibidos no garimpo, eles ficaram no caminho e acabaram dando origem à cidade, que atualmente tem cerca de 17 mil habitantes.
Após o auge na década de 80, a produção em Serra Pelada declinou e menos de 250 quilos de ouro foram extraídos em 1990. Em 1992, a mina foi desativada oficialmente com um decreto do ex-presidente Fernando Collor. O buraco que se formou com a exploração tem o formato de um feijão, 180 metros de profundidade e está cheio de água desde que o garimpo foi fechado.

 

domingo, 2 de outubro de 2011

Serra Pelada - 1980

Vila de Serra Pelada ainda reproduz carências dos anos 1980

Cerca de 6 mil vivem na localidade, que pertence a Curionópolis (18,2 mil).
Asfalto nunca chegou; esgoto corre a céu aberto e doenças proliferam.


Para chegar até a nova mina de Serra Pelada, é preciso percorrer 35 quilômetros de estrada de terra. (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)Estrada de terra que dá acesso a Serra Pelada
As casas de Serra Pelada ainda são as mesmas dos primeiros garimpeiros que chegaram à região. São barracos improvisados com pedaços de madeira. Ainda é possível encontrar placas em que se identificam os "dormitórios", como eram conhecidos os hotéis improvisados que abrigavam os garimpeiros.
Em 17 e 18 de agosto, o G1 esteve em Serra Pelada e mostra em uma série de reportagens o projeto e a estrutura da nova mina, o cotidiano da localidade e a esperança dos que ainda não desistiram do sonho de encontrar ouro.
Desde o início dos anos 1980, quando a busca pelo ouro teve início na região, Serra Pelada nunca recebeu uma camada de asfalto. Imensos buracos na rodovia BR-155 dificultam o acesso à localidade a partir de Marabá (PA). A visibilidade na estrada de terra é reduzida, em razão das queimadas na região.
Mas o asfalto ainda não está nos planos da empresa canadense Colussus, que, em parceria com a cooperativa dos garimpeiros, prepara a retomada da exploração de minério em Serra Pelada. Ao todo, a previsão de investimentos da empresa na região é de R$ 320 milhões até 2013.
"Vivemos a realidade da nossa região, e sabemos que eles precisam de ajuda. Fazemos a manutenção da estrada da localidade, mas não temos previsão de asfalto", diz o diretor-geral da Colossus no Brasil, Paulo de Tarso Serpa Fagundes.

Trabalho .

Sebastião Salgado 

Sebastião Ribeiro Salgado (Aimorés, 8 de fevereiro de 1944) é um fotógrafo brasileiro reconhecido mundialmente por seu estilo único de fotografar. Nascido em Minas Gerais, é um dos mais respeitados fotojornalistas da atualidade. Nomeado como representante especial do UNICEF em 3 de abril de 2001, dedicou-se a fazer crônicas sobre a vida das pessoas excluídas, trabalho que resultou na publicação de dez livros e realização de várias exposições, tendo recebido vários prêmios e homenagens na Europa e no continente americano. "Espero que a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair" diz Sebastião Salgado. "Acredito que uma pessoa comum pode ajudar muito, não apenas doando bens materiais, mas participando, sendo parte das trocas de ideias, estando realmente preocupada sobre o que está acontecendo no mundo". 

Algumas de suas fotos :




sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ideologias

Ideologia é um conjunto de idéias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais.

O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy.

O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.

No século XX, varias ideologias se destacaram:

- Ideologia fascista: implantada na Itália e Alemanha, principalmente, nas décadas de 1930 e 1940. Possuía um caráter autoritário, expansionista e militarista.
- Ideologia comunista: implantada na Rússia e outros países (principalmente do leste europeu), após a Revolução Russa (1917). Visava a implantação de um sistema de igualdade social.
- Ideologia democrática: surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e possui como ideal a participação dos cidadãos na vida política.
- Ideologia capitalista: surgiu na Europa durante o Renascimento Comercial e Urbano (século XV). Ligada ao desenvolvimento da burguesia, visa o lucro e o acumulo de riquezas.
- Ideologia conservadora: idéias ligadas à manutenção dos valores morais e sociais da sociedade.
- Ideologia anarquista: defende a liberdade e a eliminação do estado e das formas de controle de poder.
- Ideologia nacionalista: exaltação e valorização da cultura do próprio país.
Revolução Industrial

revolução industrial - interior de uma fábrica
Interior de uma fábrica durante a Revolução Industrial

Introdução
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

Pioneirismo Inglês
Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.

Avanços da Tecnologia
O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Locomotiva da época da Revolução Industrial
Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte
Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.

A Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.

Reação dos trabalhadores 
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.

Conclusão
A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. 
Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

Germinal

Germinal (Emile zola)

O livro Germinal é de um autor chamado Emile Zola, Francês, o tempo historico do livro se passa no periodo da segunda guerra mundial e a revolução industrial , Ettienne é um jovem rapaz , pobre , que esta procurando um emprego , ele vai em uma mineradora , la ele ve como as pessoas sao tratadas, ele pede emprego , mas falam que no momento nao estao precisando de alguem para trabalhar, ao ir embora ele encontra uma jovem menina que trabalha na mina , ela conta como é a rotina dos que trabalham la , existem crianças que trabalham la , mulheres, homens debilitados que apesar de trabalharem dia e noite não recebem de remuneração quase nada , mal da para comer, Ettiene vai convencer todos os mineradores a fazer uma revolução , eles querem que suas condições de trabalho melhorem, e que sejam bem remunerados, mas isso nao acontece, eles vao ate a casa de um senhor que tinha um armazém , la ele chantageava as mulheres , ele abusava delas para que elas conseguissem credito no armazem dele , assim se deitando com ele , elas conseguiriam comida para o sustendo de sua familia, nesta revolução o armazem é atacado e as mulheres vao atras desse senhor , ate que para fugir ele sobe ao telhado e la do alto cai e morre , as mulheres para se vingar cortar o orgão masculino dele fora, para desforrar a raiva e humilhação que ele as fez passar. No final os mineradores apos a passeata , voltam a mina e com todos la dentro a mina desaba e mata todos de uma vez.Karl marx é citado muito nesta obra ele mostra sua maneira de pensar, sendo contra o trabalho infantil , a escravidão , sendo totalmente contra ao capitalismo e favoravel ao socialismo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Maria Quitéria - Uma mulher-soldado (1792-1853)

Maria Quitéria de Jesus , patriota brasileira nascida no sítio do Licorizeiro, no arraial de São José de Itapororocas - BA, em 27 de Julho de 1792 , se distinguiu nas lutas pela consolidação da independência, inclusive tomando parte em várias batalhas contra os portugueses. E faleceu em Salvador21 de agosto de 1853, onde morreu quase cega em total anonimato. Foi uma militar brasileira, heroína da Guerra da Independência. Considerada a Joana d'Arc brasileira, é a patronesse do Quadro Complementar de Oficias do Exército brasileiro.
A vida das mulheres naquele período : No século XIX, 1808, sem que ocorressem muitas mudanças com a chegada da Família Real, e as inovações culturais feitas por Dom João VI, as quais não provocaram de imediatas alterações sobre a educação feminina, numa dimensão ampla. São criadas algumas “... escolas leigas para as meninas da elite e são contratadas preceptoras de Portugal, da França e, posteriormente, da Alemanha para educá-las em casa.” Para essas moças, pertencentes a grupos sociais privilegiados, os conhecimentos que se procurava transmitir estavam ligados ao ensino da leitura, escrita, doutrina cristã e noções básicas da matemática.
Entretanto, a preocupação maior era o desenvolvimento para as habilidades artísticas nos trabalhos manuais e no envolvimento com a organização da casa e cuidados com o marido, ou seja, a preparação para ser esposa e mãe dedicadas que ouvissem muito, falassem pouco e se, instruíssem o mínimo necessário como ditava um famoso provérbio português: “uma mulher já é bastante instruída quando lê corretamente as suas orações e sabe escrever a receita da goiabada. Mais do que isto seria um perigo para o lar”
Nesta condição nem os documentos da época, inventários e testamentos a mulher poderia assinar, necessitando pedir aos homens que por ela o fizessem “por ser mulher e não saber ler”.
Em que pese à ideologia dominante na época sobre a educação das mulheres e sobre sua postura na família e sociedade, muitas ousaram romper os paradigmas estabelecidos buscando integrar-se em acontecimentos que a História nos mostra, influenciando e tomando parte em diversos momentos, ultrapassando assim do espaço doméstico para o público e vencendo barreiras que tolhiam suas iniciativas.
A exemplo isso, registra-se a atitude corajosa de Maria Quitéria que participou de diversas batalhas, a revelia de seu pai, pela Independência:
“... soldado Medeiros como era conhecida Maria Quitéria sobressaiu-se bravamente na defesa da foz do Paraguassu. Dirigindo um grupo de heróicas mulheres baianas, impediu o desembarque das tropas portuguesas. Ao ser condecorada pelo Imperador, com a Insígnia dos Cavalheiros da Imperial Ordem do Cruzeiro, faz a seguinte solicitação: ‘já cumpri o meu dever como brasileira agora peco ao meu Imperador uma graça: uma ordem para que meu pai me perdoe a desobediência por ter trocado a minha casa pelo campo de luta’. Esta solicitação de Maria Quitéria vem enfatizar a sujeição, a dependência em que vivia a mulher brasileira. Depois de enfrentar corajosamente lutas difíceis para emancipar sua pátria, temia enfrentar seu pai.”
Sua entrada para o exército : Em 1822 o Exército brasileiro realizou campanhas para o alistamento de soldados para lutar pela consolidação da independência, frente à resistência dos portugueses na Bahia. Maria Quitéria pediu ao seu pai para se alistar, mas não obteve permissão. Fugiu, então, para casa de sua irmã Tereza e de seu cunhado, José Cordeiro de Medeiros e vestida com roupas de homem e com os cabelos cortados, alistou-se como soldado Medeiros.Passou a integrar o Batalhão dos Voluntários do Príncipe, também chamado de Batalhão dos Periquitos, por causa da gola e dos punhos verdes do uniforme. Duas semanas depois Quitéria foi descoberta por seu pai, mas impedida de deixar o exército pelo major Silva e Castro, que lhe reconheceu grandes qualidades militares.
Principais batalhas : Em 29 de outubro de 1822 ela lutou na defesa da Ilha de Maré, e depois dirigiu-se a Itapoã. Em fevereiro de 1823, participou com ímpeto inúmeros combates, atacando inimigos entrincheirados na Pituba, capturando-os e levando-os preso para o acampamento da sua tropa. Maria Quitéria lutou também pela defesa da foz do Paraguaçu comandando um grupo de mulheres guerreiras. Com água na altura dos seios, avançou contra uma nau portuguesa, impedido o desembarque de reforços às tropas inimigas. Depois de violentos combates, finalmente, a dois de julho de 1823, as tropas brasileiras marcharam vitoriosas pelas ruas de Salvador, com Maria Quitéria entre elas. Em reconhecimento por sua bravura, Maria Quitéria foi recebida no dia 20 de agosto daquele ano pelo Imperador, que a condecorou, com o seguinte pronunciamento: "Querendo conceder a D. Maria Quitéria de Jesus o distintivo que assinala os Serviços Militares que com denodo raro, entre as mais do seu sexo, prestara à Causa da Independência deste Império, na porfiosa restauração da Capital da Bahia, hei de permitir-lhe o uso da insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro." Além de receber a comenda, ela foi promovida a Alferes de Linha. Consolidada a independência do Brasil.
Principais Ideais : Envolvida no ideal de liberdade que movia seus conterrâneos e atendendo aos pedidos da Junta Conciliadora de Defesa que convocou, pelo baixo efetivo, os habitantes da região para combater os portugueses, Maria Quitéria tomou a decisão de abandonar sua família. Depois de fugir de casa, e tendo em vista que mulheres não eram aceitas em diversas atividades, inclusive nas juntas militares, teve a idéia de se travestir de homem com um uniforme emprestado do cunhado.
Sua morte foi esquecida e somente após meio século sua imagem passou a ser valorizada : Devido ao ano do centenário de sua morte, o então Ministro que em todos os estabelecimentos, repartições e unidades do Exército fosse inaugurado, em 21 de agosto de 1953, o retrato da insigne patriota. Já em 28 de junho de 1996, Maria Quitéria de Jesus, por decreto do Presidente da República, passou a ser reconhecida como Patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.

 


Napoleão Bonaparte

Um dos mais famosos generais dos tempos contemporâneos e um extraordinário estadista nascido em Ajácio, na Córsega, ilha do Mediterrâneo sob administração da França, desde o ano do seu nascimento, que deixou marcas duradouras nas instituições da França e de grande parte da Europa ocidental.

Filho de família pobre, mas dona de um título de nobreza da República de Gênova, estudou na academia militar de Brienne e na de Paris, saindo como oficial de artilharia (1785). Aderiu à Revolução francesa (1789), uniu-se aos jacobinos, serviu como tenente da recém-criada guarda nacional e transformou-se num dos principais estrategistas do novo sistema de guerra de massa. Fez uma carreira meteórica e se destacou pela originalidade nas campanhas militares. Capitão de artilharia na retomada de Toulon aos ingleses e foi promovido general-de-brigada (1793), o mais jovem general do Exército francês.

Após a queda de Robespierre foi detido sob acusação de ser jacobino, mas depois foi encarregado de dirigir a repressão ao levante monarquista de Paris (1795). Casou-se com Josefina (1796), viúva do general guilhotinado (1794) Beauharnais, e tornou-se o comandante-em-chefe do Exército nas campanhas da Itália, contra os austríacos (1795-1797), e do Egito, contra os ingleses (1796-1799). Quando da ocupação do Egito (1798) a expedição científica que o acompanhou incluía o astrônomo Laplace, o químico Bertholet, o físico Monge e o arqueólogo Denon. Em pesquisas arqueológicas foi descoberta a pedra de Rosetta, fragmento de estela, espécie de monolito de basalto negro, que apresenta um decreto de Ptolomeu V, em caracteres hieroglíficos, demóticos e gregos (196 a. C.), que Champollion usaria para decifrar os hieróglifos egípcios (1822) e está exposta no British Museum, em Londres.

Liderou um golpe de Estado (1799), instalou o Consulado e fez-se eleger cônsul-geral, apoiado em um plebiscito popular. Promulgou uma Constituição de aparência democrática. Organizou o governo, a administração, a polícia, a magistratura e as finanças. Tomou medidas despóticas e antiliberais, como o restabelecimento da escravidão nas colônias, e outras de grande importância econômica, como a criação do Banco de França (1800). Concluiu com o papa Pio VII a concordata (1801), que restabelecia a igreja na França, embora submetida ao estado.

Criou a Legião de Honra e o novo código civil, depois chamado Code Napoléon, elaborado por uma comissão de juristas com participação ativa do primeiro-cônsul. Essa medida de grande alcance tornou-se o maior feito jurídico dos tempos modernos, consubstanciou os princípios defendidos pela revolução francesa e influenciou profundamente a legislação de todos os países no século XIX.

O restabelecimento da ordem e da paz, bem como atentados frustrados de monarquistas, fizeram crescer a sua popularidade, que habilmente a utilizou para se fazer proclamar cônsul vitalício por plebiscito (1802). Coroou-se rei da Itália (1805) divorciou-se da imperatriz Josefina (1809) e casou-se com Maria Luísa, filha do imperador austríaco. Em guerra permanente contra as potências vizinhas enfrentou a coalizão de todas as potências européias e foi derrotado em Leipzig (1813).

Depois de uma desastrada campanha na Rússia, foi derrotado pelos exércitos aliados adversários dos franceses e obrigado a abdicar (1814). Exilou-se na ilha de Elba, na costa oeste da Itália.

No ano seguinte organizou um exército e tentou restaurar a monarquia, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, na Bélgica (1815). esse período ficou conhecido como o Governo dos Cem Dias. Preso pelos ingleses, foi deportado para a ilha de Santa Helena, no meio do Atlântico, onde morreu em 5 de maio.

quinta-feira, 21 de abril de 2011


História é uma palavra que vem do grego ιστορ que significa "investigação", e é um termo genérico geralmente aplicado em referência a ocorrências passadas. O significado de história, segundo a edição de 1911 da Enciclopédia Britannica é que "a história, em seu senso geral, é tudo o que aconteceu, não somente os fenômenos da vida humana mas também os acontecimentos ocorridos no mundo natural. Inclui tudo o que passa por mudanças; e como as ciências modernas já mostraram que nada no universo é absolutamente estático, conclui-se que todo o universo, e todos os seus componentes, possui sua própria história."

Os historiadores usam várias fontes de informação para construir a sucessão de eventos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas e achados arqueológicos. Algumas abordagens são mais freqüentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos. O objetivo do historiador é investigar e analisar os fatos humanos com a finalidade de produzir informações úteis no presente e assim contribuir na construção do futuro. História é a base de todo conhecimento sólido.


Absolutismo


Absolutismo é uma teoria política que defende que uma pessoa (em geral, um monarca) deve obter um poder absoluto, isto é, independente de outro órgão, seja ele judicial, legislativo, religioso ou eleitoral. Os teóricos de relevo associados ao absolutismo incluem autores como Maquiavel, Jean Bodin, Jaime I de Inglaterra, Bossuet eThomas Hobbes. Esta idéia tem sido algumas vezes confundida com a doutrina protestante do "Direito Divino dos Reis", que defende que a autoridade do governante emanadiretamente de Deus, e que não podem ser depostos a não ser por Deus, defendido por alguns absolutistas como Jean Bodin, Jaime I e Jacques Bossuet.

O Absolutismo na Europa



Em Portugal, o absolutismo passou por várias fases do desenvolvimento num sentido crescente do aumento de autoridade e concentração do poder nas mãos dos reis, atingindo o seu auge no reinado de João V. Contudo, não se pode determinar com muita precisão o período em que a monarquia portuguesa já se encontra estruturada em bases absolutistas. Essa questão é difícil de datar porque as raízes do poder monárquico foram se desenvolvendo aos poucos, em várias estruturas e crescendo ao longo de três séculos. Outrora, devemos entender o regime absolutista português como um processo de longa duração, e ao decorrer de toda a Época Moderna, colheu frutos do prestígio que tinha em seu território.
A Espanha conheceu em 1469 a unificação política com o casamento da rainha Isabel de Castela com o rei Fernando de Aragão. Unificado, o reino espanhol reuniu forças para completar a expulsão dos mouros e, com a ajuda da burguesia, lançar-se às grandes navegações marítimas.
Na França, o longo processo de centralização do poder monárquico atingiu seu ponto culminante com o rei Luís XIV, conhecido como "Rei Sol", que reinou entre 1643 e 1715. A ele atribui-se a célebre frase "o Estado sou eu". Ao contrário de seus antecessores, recusou a figura de um "primeiro-ministro", reduziu a influência dos parlamentos regionais e jamais convocou os Estados Gerais.
Na Inglaterra, o absolutismo teve início em 1509 com Henrique VIII, que apoiado pela burguesia, ampliou os poderes monárquicos, diminuindo os do parlamento. No reinado da Rainha Elisabeth I, o absolutismo monárquico foi fortalecido, tendo iniciado a expansão marítima inglesa, com a colonização da América do Norte. Contudo, após a Guerra Civil Inglesa, o Absolutismo perdeu força em Inglaterra, com o rei gradualmente perdendo poderes em favor do Parlamento. A Revolução de 1688 - a "Revolução Gloriosa" - pôs um ponto final no absolutismo inglês!





Teóricos do absolutismo



Durante os séculos XVI e XVII, diversos pensadores buscaram justificar o poder absoluto dos monarcas. A principal obra de Nicolau Maquiavel, O príncipe, escrita para responder a um questionamento a respeito da origem e da manutenção do poder, influenciou os monarcas europeus, que a utilizaram para a defesa do absolutismo. Maquiavel defendia o Estado como um fim em si mesmo, afirmando que os soberanos poderiam utilizar-se de todos os meios - considerados lícitos ou não - que garantissem a conquista e a continuidade do seu poder. As ações do Estado são regidas, sobretudo, pela racionalidade.
Jean Bodin, sua obra foi Os seis livros da República, associava o Estado à própria célula familiar, colocando o poder real como ilimitado, comparado ao chefe de família.
Jacques-Bénigne Bossuet, contemporâneo de Luís XIV, foi um dos maiores defensores do absolutismo e, simultaneamente, do "direito divino dos reis"; em sua obra Política Segundo a Sagrada Escritura, afirmava que a Monarquia era a origem divina, cabendo aos homens aceitar todas as decisões reais, pois questioná-las transformá-los-ia não somente em inimigos públicos, mas também em inimigos de Deus.
Thomas Hobbes, autor de Leviatã, proclamou que, em seu estado natural, a vida humana era "solitária, miserável, desprezível, bestial e breve"; buscando escapar da guerra de todos contra todos, os homens uniram-se em torno de um contrato para formar uma sociedade civil, legando a um soberano todos os direitos para protegê-los contra a violência. Hobbes defende a teoria de que um rei só poderia subir ao trono pela vontade do povo e não pela vontade divina. A Monarquia é justificada pelo consenso social.
Hugo Grotius é considerado um dos precursores do direito universal, pois defendia que, se todos os países adotassem o Absolutismo, seria possível se estabelecer um sistema único de legislação. Sua principal obra foi Direito de Paz e de Guerra.

O Absolutismo e a Guerra

O Estado absolutista foi um processo importante para a modernização administrativa de certos países. No campo militar, embora tenha apresentado alguns pontos fracos, foi responsável por grandes transformações. A centralização administrativa e financeira praticamente extinguiu os exércitos mercenários, sem no entanto dispensar o emprego de estrangeiros. Criou uma burocracia civil que muito ajudou à manutenção de forças armadas. Desenvolveu formas compulsórias de alistamento que serviriam de base para o serviço militar moderno. Regulamentando o alistamento, diminuiu velhos abusos. Financiou e abasteceu efetivos cada vez maiores. Permitiu, por fim, a construção de dezenas de fortificações modernas. Defendia a tese de que era necessário um Estado Forte para controlar e disciplinar a sociedade.