Vila de Serra Pelada ainda reproduz carências dos anos 1980
Cerca de 6 mil vivem na localidade, que pertence a Curionópolis (18,2 mil).
Asfalto nunca chegou; esgoto corre a céu aberto e doenças proliferam.
Estrada de terra que dá acesso a Serra Pelada
As casas de Serra Pelada ainda são as mesmas dos primeiros garimpeiros que chegaram à região. São barracos improvisados com pedaços de madeira. Ainda é possível encontrar placas em que se identificam os "dormitórios", como eram conhecidos os hotéis improvisados que abrigavam os garimpeiros.
Em 17 e 18 de agosto, o G1 esteve em Serra Pelada e mostra em uma série de reportagens o projeto e a estrutura da nova mina, o cotidiano da localidade e a esperança dos que ainda não desistiram do sonho de encontrar ouro.
Desde o início dos anos 1980, quando a busca pelo ouro teve início na região, Serra Pelada nunca recebeu uma camada de asfalto. Imensos buracos na rodovia BR-155 dificultam o acesso à localidade a partir de Marabá (PA). A visibilidade na estrada de terra é reduzida, em razão das queimadas na região.
Mas o asfalto ainda não está nos planos da empresa canadense Colussus, que, em parceria com a cooperativa dos garimpeiros, prepara a retomada da exploração de minério em Serra Pelada. Ao todo, a previsão de investimentos da empresa na região é de R$ 320 milhões até 2013.
"Vivemos a realidade da nossa região, e sabemos que eles precisam de ajuda. Fazemos a manutenção da estrada da localidade, mas não temos previsão de asfalto", diz o diretor-geral da Colossus no Brasil, Paulo de Tarso Serpa Fagundes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário